Os novos fones de ouvido da Apple, que prometem funcionar como aparelhos auditivos e os riscos implicados nessa tecnologia

Recurso foi autorizado para uso e comercialização sem prescrição médica nos Estados Unidos.

Os riscos do uso dessas tecnologias é que a preocupação resida em apenas escutar melhor e não em buscar um diagnóstico para o que – de fato – está causando a perda auditiva. 

Recentemente, a Gigante da tecnologia anunciou uma nova funcionalidade em seus fones de ouvido, o AirPods Pro 2, como aparelhos auditivos para pessoas com perda auditiva leve a moderada. Nos Estados Unidos, o equipamento foi liberado para comercialização sem indicação médica, pela FDA (Food and Drug Administration), equivalente da ANVISA, do Brasil. A agência de saúde americana considera essa uma importante ação, devido aos altos custos com Aparelhos Auditivos no país.

Contudo, é preciso considerar que perda auditiva é um problema sério, que afeta cerca de 70 milhões de pessoas no mundo e que as causas da surdez são diversas e podem ser graves. Dessa forma, o uso de um equipamento que promete solucionar a perda auditiva, apenas devolvendo a capacidade de ouvir e sem investigar a raiz do problema, pode gerar um alerta. Veja algumas doenças que podem ocasionar a perda auditiva:

  • Otites de repetição
  • Otoesclerose
  • Doença de Ménière
  • Traumas
  • Tumores
  • Colesteatoma
  • Perfuração timpânica

Algumas dessas doenças, como os tumores, por exemplo, oferecem outros riscos à saúde, além da surdez. Isso significa que, ao identificar dificuldades para escutar, é necessário procurar atendimento médico especializado para a realização de um diagnóstico, e não apenas usar algum equipamento que o ajudará a escutar melhor. Vale ressaltar que ainda não há notícias de que esse recurso seja disponibilizado no Brasil, mas já fica o alerta! O Dr. Maurício Noschang é Otologista, com ampla atuação no diagnóstico, cirurgias e tratamentos de doenças auditivas. Ao perceber dificuldades para ouvir, agende uma consulta.