Além da perda auditiva abrupta, podem estar associados sintomas como vertigem e zumbido.
Acredita-se que a surdez súbita possa ser o primeiro sinal de alguma doença ainda não diagnosticada. Devido a esse fator, é fundamental buscar atendimento especializado, mesmo que o problema desapareça espontaneamente.
Como o nome diz, a surdez súbita consiste na perda repentina da audição. Suas causas, embora possam ser variadas, não são conhecidas. As mais comuns podem ser:
Doenças infecciosas
Toxoplasmose, Doença de Lyme (doença do carrapato), AIDS são algumas das apontadas como prevalentes em surdez súbita.
Doenças hematológicas
Leucemia mielóide crônica, anemia aplástica, eritrocitopenia (diminuição da quantidade de eritrócitos) e trombocitopenia (diminuição da quantidade de plaquetas ou trombócitos) são alguns exemplos.
Doenças neurológicas
Destas, destacam-se Esclerose Múltipla, trombose da artéria basilar (junção das duas artérias vertebrais na região do bulbo, próximo à nuca) e oclusão da artéria vertebral direita.
Schwannoma vestibular
Trata-se de um tumor benigno que cresce no nervo vestibulococlear, localizado entre o conduto auditivo interno e o tronco encefálico.
Devido ao seu caráter abrupto, com diagnóstico incerto, esse problema configura uma emergência médica. Isso se deve, principalmente, ao fato de que após as primeiras 48 horas do início dos sintomas, as chances de recuperar a audição ficam cada vez menores. Os principais sintomas, além da perda auditiva, que pode ser uni ou bilateral, se referem a zumbido e tonturas.
A grande maioria dos casos, contudo, é unilateral, podendo, ainda, ter incidência igualitária entre homens e mulheres. No que tange a idade, é mais predominante em pessoas entre 40 e 60 anos. A doença pode apresentar uma recuperação espontânea, o que é mais comum em pacientes jovens, bem como a audição não ser totalmente restabelecida, mesmo após o tratamento.
Como vimos, é mais comum que a surdez súbita seja o primeiro sinal de alguma doença ainda desconhecida. Dessa forma, pode acontecer com qualquer pessoa, mesmo que não tenha um diagnóstico prévio de perda auditiva ou algum fator de risco para tal.
Pelos motivos apontados neste artigo, torna-se essencial que se busque atendimento especializado, ainda que os sintomas desapareçam por completo, a fim de realizar uma investigação do caso e compreender as possíveis causas que levaram à perda auditiva. Se você já teve um quadro como esse, toque aqui e agende já uma consulta com o Dr. Maurício Noschang, Otologista.